sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma semana, duas semanas . . .


Já chegámos às duas semanas. Por aqui, apesar desta ter voado, a verdade é que os acontecimentos foram muitos.
Descobrimos que as "palavras têm muita força" e que sair à noite na Lapa é como ir ao Bairro Alto com Samba; Funk; Pagode, claro está, numa dimensão um bocadinho maior.
As aulas também já arrancaram, ou melhor "vão arrancando". Por aqui a rapidez não é um lema de vida, ainda falam dos Alentejanos...
Mas podemos dizer que estes dias até foram rentaveis:
Os professores não têm papas na lingua, e as portugesas até já emocionaram uma delas - pena saltar para cima de colunas em plena Copacabana, cantar em karaokes e utilizar demasiado o Olfacto e o particípio passado do verbo foder.
Ipanema também foi paragem e ali nem as Gringas tiveram dinheiro para comprar o que queriam.
A chuva também gritou alto, inclusive tão alto que a Ana Margarida até caiu ao chão. Precalsos de um dia atarefado. Mas o dia não se ficou por aí e se uma caiu a outra cortou o polegar enquanto travava uma luta com a carne congelada.
Mas vejam o quão rentável foi a semana: já lá vão dois certificados para o curriculum e uns quantos cockails tomados entre ternos e espumantes.
E bem, amanhã esperamos o sol e quem sabe um almoço na Barra da Tijuca. Também esperamos que a praia nos receba bem até porque Inverno aqui não é sinónimo de frio e de um sábado passado à lareira.

Ana Margarida Pinheiro
Ana Filipa Pinto
Rio de Janeiro

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Acordando na Lapa.


Hoje foi dia de passeio. Começámos por apanhar uma "chuva molha parvos" (é bom recuperar algumas expressões bem portuguesas). E como se não bastasse ainda nos enganámos na saída do ônibus. O resto do percurso foi feito a pé. Chegadas à reitoria, fomos recebidas com uma sessão solene - nós, os restantes 50 portugueses e mais uns quantos "gringos". Ouvimos o hino brasileiro que arranca com o grito do Ipiranga dado por um português, há já alguns séculos. Depois veio o lanche mas o melhor foi o passeio. Acordámos na Lapa. Ninguém sabe como lá chegámos, mas lembramo-nos de entrar num ônibus, darmos o nosso celular ao moço italiano do lado e... Bem, aqui fica a fotografia - a primeira de muitas das portuguesinhas em terra brasileira. Ah, e já agora, hoje andámos de bondim (mais um pedacinho de novela da Globo né?).



Ana Margarida Pinheiro
Ana Filipa Pinto
Rio de Janeiro

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"Directamente da cidade maravilhosa, sim o Rio de Janeiro é realmente a cidade maravilhosa!!"

Já lá vão quatro dias desde que os cintos foram desapertados e que a nossa língua começou a ganhar "sotaqui" brasileiro.
A galera já conhece as portuguesinhas e já está marcado o dia em que se irá cozinhar à moda portuguesa em cozinha brasileira. Sim portuguesinhas, as bolsistas da UFRJ, bolseira é "um monte de bolsa".
A água de côco e o Leblon foram a primeira paragem, mas é em Botafogo que as noites se passam e o dia nasce a poente. Da janela avista-se o pão de açucar e o corcovado também não está muito longe.
"Acham hilário? Isso!!!!"
Aqui não se apanha sol, "si toma um sóu", mas não há dúvida, acabamos de entrar numa novela da Globo, onde até já nos cruzámos com a Julinha do Caminho das Índias, em pleno Calçadão!
Mais "sambadinhas" e com água na boca depois do pão de queijo, do quindim, do chá de matte, da calabreza e do catupiry, as portuguesinhas já tiveram a primeira aula. Foi bom ser actriz da New Wave, as salas são pequeninas as mesas pouco cómodas, mas a aula de marketing foi "legal" - aqui "giro" não existe!
A primeira chuva tropical começa a cair, mas os dias têm contado com mais de 30º. "Isso ai" é o Inverno. "Qui saco né? É dose", imaginem o Verão. Nem no Alentejo nem na Serra da Estrela é assim, mas parece que Portugal está em "toda a parte", até no Cinema onde " Aquele querido mês de Agosto" passa na sala 2, por R 15$.
A privada é a sanita e a sua água gira ao contrário, são os milagres da Fisica, mas por aqui a Iemanjá e os Pai de Santo são bem mais milagreiros que a própria Ciência - " Traga seu amor e resolva seus problemas!"

Bem, por enquanto é tudo, e como dissemos no inicio, ainda só vamos em 4 dos 155 dias.

" Rio chegámos, mesmo com tanta gente acreditando qui só por milagre um dia estaríamos aqui "


Ana Margarida Pinheiro
Ana Filipa Pinto
Rio de Janeiro